15 de Agosto de 2019 às 06:00
A médica geriatra Louise Aronson tem uma missão: incentivar a visão de que as décadas de vida depois dos 60 anos devem ser celebradas, em vez de temidas. Isso inclui as faculdades de medicina e os profissionais de saúde, que precisam entender e apoiar as muitas fases que compõem a velhice. Afinal, se há diferentes abordagens para tratar um ser humano do nascimento à adolescência, o mesmo se aplica quando somos velhos. Essa é a tese do livro “Elderhood: redifining age, transforming medicine, reimagining life” (“Velhice: redefinindo idade, transformando a medicina, reimaginando a vida”, em tradução livre), lançado em junho.
“Temos que nos livrar da carga negativa que envolve o fato de ser velho. Há muita coisa boa acontecendo nesse período da vida e é importante lembrar que todas as fases têm seus prós e contras. Quem está na casa dos 60 e 70 apresenta menos estresse e mais satisfação do que os adultos mais jovens. Dos 60 aos 100 anos, há inúmeros estágios, a velhice não pode ser vista como um bloco. Há alegrias, prazeres, contribuições e prioridades que não podem ser esquecidos!”, enfatiza.
Dentro da medicina, aponta duas distorções graves. “Os estereótipos relacionados à velhice podem levar a excessos no tratamento (“overtreatment”) ou, na ponta oposta, a subtratamentos (“undertreatment”). Os corpos se comportam de outra forma com a progressão dos anos, o que deve ser levado em conta na hora da prescrição de medicamentos. O fígado e os rins mudam, o cérebro muda, o risco de efeitos adversos cresce. É essencial considerar o que o paciente quer e como a intervenção vai impactar em sua qualidade de vida”, afirma.
A matéria na íntegra pode ser lida aqui.
Fonte: G1.