Redação e edição
Analu Oliveira – 78+
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Seu “fio de voz”, como diziam alguns colegas, era também a marca de uma cantora moderna, que sabia ser ao mesmo tempo simples, sofisticada e muito popular. Aplaudida sempre, foi marcante presença na gloriosa Era do Rádio, anos 30/40 e 50.
Sim, Doris Monteiro está emocionada e orgulhosa da carreira. E garante: “Nem penso em parar. Assim que tudo voltar ao normal, quero subir ao palco novamente”.
Doris Monteiro : saudade dos palcos
Ao lado de Marcos Valle e Joyce Moreno, comemorou 70 anos de carreira dia 27 de março último, de forma virtual como exigem esses tempos pandêmicos. Foi dentro da 20ª edição do festival “#ZiriguidumEmCasa” com transmissão pelo YouTube. Na apresentação estiveram: Claudio Lins, o pianista Roberto Bahal, Patrícia Alví, João Cavalcanti, Sônia Delfino, Roberta Sá, Marcos Sacramento, Carol Saboya, Ricardo Silveira, Moyseis Marques, entre outros. Os depoimentos comoventes foram de Claudette Soares e do jornalista Rodrigo Faour.
Assista:
https://www.youtube.com/watch?v=YcVVL3Hff8Q
Puro deleite !
HISTÓRICO DE DÓRIS MONTEIRO
Seu nome de batismo é Adelina Dóris Monteiro, nascida no Rio de Janeiro em 21 de outubro de 1934.
Cantora e atriz, começou com a interpretação de fados em programas infantis e estreou em 1949 no programa de calouros Papel Carbono, de Renato Murce, na Rádio Nacional, onde cantou Bolero, imitando a cantora francesa Lucienne Delyle, falecida em 1962.
Já em 1951, ainda estudante do Colégio Pedro II, foi convidada pelo cantor Orlando Correia para cantar na Rádio Guanabara. Depois seguiu para a Rádio Tupi, onde trabalhou oito anos. Nessa época cantava também na boate do icônico Copacabana Palace Hotel.
A primeira gravação foi pela Todamérica, com a música Se você se importasse (Peterpan), seu primeiro sucesso, seguido de muitos outros.
Em 1956 gravou Mocinho Bonito, de Billy Blanco – uma das músicas mais marcantes do seu repertório. Eleita Rainha do Rádio. Dóris Monteiro em 1957 já era uma grande estrela, e havia sido eleita Rainha do Rádio por dois anos consecutivos.
Doris ajudou a deslanchar compositores como Tom Jobim e Dolores Duran (Se É Por Falta de Adeus), Fernando César (Dó-Ré-Mi, Graças a Deus e Joga a Rede no Mar), Billy Blanco (Mocinho Bonito), Sílvio César (O Que Eu Gosto em Você), Sidney Miller (Alô Fevereiro), Maurício Tapajós e Hermínio Bello de Carvalho (Mudando de Conversa).
Viajou muito, cantou em Portugal, Japão e Argentina e também atuou em filmes como Agulha no palheiro de 1953,quando cantou a música com o mesmo nome e foi premiada como atriz. Em 1954 participou de Rua sem sol de Alex Viany. “Tudo é música” de Luís de Barros. “De vento em popa” de Carlos Manga e “A Carrocinha” (este último ao lado de Mazzaropi) em 1957.
O jornalista e pesquisador Ruy Castro afirma que a cantora é a única que comemora 70 anos de carreira em plena atividade. “ Isso me deixa muito feliz”, garante Doris.
Sucesso sempre, somos todos seus fãs!
Doris e Miltinho, parceria eterna
Confira um dos grandes sucessos de Doris Monteiro:
Mudando de Conversa, de Maurício Tapajós e Hermínio Bello de Carvalho.
aqui neste vídeo junto com Miltinho