CEO e fundador da Maturi, Mórris Litvak, debateu com a especialista em diversidade e inclusão etária, Fabi Granzotti, e a consultora em diversidade e inclusão, Fran Winandy, o conceito e a prática do lifelong learning
Como parte da programação da Maratona Digital da Longevidade Expo+Fórum 2021, o painel Tecnologia e Empreendedorismo abordou a atualização contínua de seniores como forma de aperfeiçoar conhecimentos e adquirir novas bagagens.
Sob curadoria da Maturi, empresa especializada em recolocação profissional de longevos, a mesa contou com a presença do CEO e fundador da Maturi, Mórris Litvak, a gerente de projetos na Maturi e especialista em diversidade e inclusão etária, Fabi Granzotti, e a pesquisadora e consultora em diversidade e inclusão, com foco em diversidade etária e etarismo, Fran Winandy.
Litvak começou a conversa destacando o atual momento do público sênior, de redescoberta e oportunidades no cenário da digitalização do mercado de trabalho, e da necessidade de manter-se ativo e atualizado no processo do conhecimento. Um dos assuntos comentados foi o lifelong learning ou educação continuada, conceito que propõe que “nunca é cedo ou tarde demais para aprender“.
Fran ampliou o contexto do método. “É um conceito que ficou em voga agora, mas que, na verdade, surgiu nos anos 70 e trata de todas as atividades realizadas ao longo da vida”. Foi recentemente que o mercado de trabalho passou a valorizar profissionais capazes de manter viva a curiosidade em aprender.
Um dos preceitos para o lifelong learning é, justamente, colocar em prática essa curiosidade e exercitar o chamado ‘aprender a aprender’. “Cada um de nós é responsável por planejar, estruturar e colocar em prática esse plano de continuar aprendendo”, pontuou Fran.
O autoconhecimento é muito importante no processo, pois permite definir planos e metas ajustadas à realidade de cada um. Como explica Fabi: “Existem várias maneiras de aprender e, quanto mais nos conhecemos, mais fácil é identificar como melhor assimilamos os conhecimentos”.
Para trazer o outro lado da conversa, Mórris Litvak questionou as participantes sobre o papel das empresas na educação continuada dos colaboradores. Fran lembrou que a educação deve ser percebida como um investimento. “Muitas vezes, os gestores esquecem que para conquistar uma vantagem competitiva a empresa precisa de profissionais capacitados e atualizados, e isso implica em estratégias que contemplem investimentos em novas competências”.
Fabi acrescentou: “o foco da empresa é sempre crescer e o principal capital que possuem é o humano. É preciso ter consciência do quão estratégico é o investimento contínuo na educação. A organização cresce e amadurece quando há atualização e evolução, e não estamos falando apenas de hard skills, mas também das soft skills, hoje habilidades primordiais na dinâmica das equipes”.
O CEO da Maturi destacou como a presença dos longevos nas organizações torna o ambiente mais diverso e propôs às participantes analisar o tema de como os seniores podem se adaptar às mudanças. Para Fran, o profissional 50+ deve “mudar o mindset“. Segundo ela, a diversidade nas empresas ainda é um dificuldade a ser enfrentada pelos longevos.
Na visão de Fabi, a assimilação do ‘diverso’ deve ser incentivada pelas empresas. “Hoje, muitas empresas já trabalham com a inclusão e a experiência é muito rica, porque permite atualizar conceitos”, explicou Granzotti.
O painel completo está disponível no canal da Longevidade Expo+Fórum no Youtube. Clique aqui.