8 de Agosto de 2019 às 06:00
O senso de oportunidade e a coragem para se reinventar estão presentes na trajetória da empresária carioca Alzira Ramos, 71 anos. Fragilizada pela perda de um emprego aos 60, ela enxergou no mercado de bolos caseiros uma fonte de renda alternativa para sustentar a família. De sua cozinha saiu a primeira unidade da Fábrica de Bolo Vó Alzira, hoje uma franquia com mais de 200 unidades.
Confira o depoimento:
“Quando estava com 60 anos, deixei um emprego em um salão de eventos para cuidar da minha mãe. Ela estava bastante doente e faleceu pouco tempo depois. Por causa da minha idade, não conseguia mais arrumar trabalho. Comecei a ficar desesperada: as contas continuavam chegando e não sabia como pagá-las. Meu marido tinha um pequeno comércio no centro do Rio de Janeiro.
Para me ajudar, o dono do botequim vizinho encomendou um bolo para sua clientela. O meu primeiro cliente apareceu dessa maneira. Em pouco tempo, a vizinhança passou a sentir o cheiro que saía da minha cozinha e começou a fazer encomendas.
Em menos de um ano, estava fazendo mais de 100 bolos por dia. Minha casa ficou apertada para atender aos pedidos. Então transferi a cozinha para o espaço em que ficava a loja do meu marido. Em 2008, inauguramos a primeira loja da Fábrica de Bolo Vó Alzira, no bairro da Tijuca [zona norte do Rio de Janeiro].
Sempre me considerei uma boa boleira. Mas percebi que precisava de ajuda para administrar o negócio. Então chamei o meu filho para trabalhar comigo e com o meu marido. Foi dele a ideia de expandir a operação por meio de franquias. Passamos mais de seis meses testando uma receita que pudesse ser replicada em grande escala.
Hoje estamos com mais de 200 lojas pelo País. Há dois anos, decidi vender a unidade própria para dar mais atenção aos franqueados. Comecei a atuar como uma consultora para quem está com dificuldades de produção.
Preparo algumas fornadas junto com a equipe até resolver o problema. Ganhei muita experiência trabalhando em casa. Agora sei exatamente o que dá certo ou não.”
Fonte: Revista PEGN. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.
Crédito da foto: Helena Wolfenson.