Redação e edição
Analu Oliveira – 79+
Arlete Salles, desde sempre uma força da natureza
Dia 19 de agosto, sexta-feira, chega ao THE END, Além da Ilusão, a novela das 18h da Globo, com um sucesso enorme de público e de crítica.
Arlette Salles foi uma das responsáveis por essa grande vitória com a incrível personagem Santa Figueiredo, que se casa em cerimônia junto com a neta Arminda, personagem de Caroline Dallarosa: “Vamos fazer um discurso de liberdade para os idosos, sobre o direito que temos a ter a vida sexual do jeito que for melhor”, diz a atriz.
Xô preconceito ! Arlete diz indignada: “Há uma intolerância grande em relação à sexualidade das pessoas idosas. ‘Como? A vovó namorando? Desejos sexuais não pode’. Não tanto como já houve, mas ainda existe. O preconceito é algo muito forte e que tem feito muito mal à sociedade”.
Arlete conta que adorou fazer a Santa, achou o personagem adorável. Para a época – 1944 – foi mesmo uma quebra de tabus, já que ela se tornou uma namoradeira assumida. Ficou viúva, partiu para outro namoro e ainda se casa no final!
Na vida real, Arlete não esconde que também teve muitos amores. Com um deles, Tony Tornado, sofreu muito preconceito, racismo inclusive. Mas deu a volta por cima e seguiu em frente.
No seriado Toma Lá Dá Cá, fez também um papel de uma mulher mais velha e muito “soltinha”. A Copélia sempre contava seus casos “picantes”, mas na hora dos pormenores mais íntimos, dizia seu bordão: “Prefiro não comentar”.
No final de 2021, Arlete voltou presencialmente aos palcos no Rio de Janeiro, no Teatro Riachuelo com a peça “Ninguém dirá que é tarde demais”, espetáculo que retrata o amor na terceira idade.
Foi uma celebração que marcou o encontro no palco com seu filho, Alexandre Barbalho, e seu neto, Pedro Medina. Uma família reunida para contar a divertida e emocionante história de Luiza e Felipe. A peça teve a direção de Amir Haddad e o ator Edwin Luisi no elenco.
Sobre Arlete Salles
Arlete Sales Lopes, nasceu na cidade de Paudalho, em Pernambuco, no dia 17 de junho de 1942, filha de um sanfoneiro e de uma enfermeira. É atriz, comediante, radialista e apresentadora. Foi casada com Lúcio Mauro (de 1958 a 1970), Tony Tornado (de 1977 a 1983), e Álvaro Reis (2000 a 2008). Tem dois filhos, Alexandre e Gilberto e dois netos Pedro e Joana.
Mudou-se para Recife e em 1957, aos 15 anos, estreou como locutora na Rádio Jornal do Commercio. Aos 20 anos, já casada com o humorista Lúcio Mauro, começou na Companhia Barreto Júnior como atriz profissional em “A Cegonha se Diverte”. O início na televisão foi em 1960 na TV Tupi do Recife e em 1963, já no Rio de Janeiro, passou a trabalhar em programas da Tupi local.
Cinco anos mais tarde, estreou na Globo na novela “Sangue e Areia”. Depois vieram diversas produções como “Verão Vermelho” (1970), a primeira versão de “Selva de Pedra” (1972), “O Rebu” (1974) e “A Sucessora” (1978). Também atuou em “Dona Beija” (Manchete, 1986), “Lua Cheia de Amor” (1990), “Pedra Sobre Pedra” (1992), “Porto dos Milagres” (2001), “A Lua Me Disse” (2005) e “Fina Estampa” (2011). Entre 2007 e 2009 foi a Copélia do programa “Toma Lá, Dá Cá”.
Ganhou vários prêmios, como o APCA e o Qualidade Brasil. Em 2018 foi laureada com o Troféu Mário Lago por sua contribuição artística.
PARABÉNS A ARLETE POR ESSA CONTRIBUIÇÃO VALIOSA CONTRA O PRECONCEITO AOS IDOSOS
Fontes:
(Imagens: Divulgação)