Sergio Serapião apresentou soluções para a inserção do público sênior na economia
O aumento de pessoas 65+ em relação ao número de crianças é um fator crescente na maior parte do mundo, o que gera a discussão sobre um novo projeto social que integre os longevos como força produtiva e participativa na sociedade. Para debater e ampliar o alcance do tema, a Ashoka, organização internacional para a promoção social e empreendedorismo, realizou o 1º New Longevity Summit, que contou com a participação de representantes de todo o mundo. O Brasil foi representado por Sergio Serapião, que ministrou a palestra “Criando uma economia gig para longevos”.
O evento foi sediado na cidade de Bilbao, na Espanha. A escolha se deu pelo fato de a Espanha estar entre os países do mundo com população mais idosa, com destaque para a região basca, onde se estima que três em cada 10 pessoas terão mais de 65 anos em 2031. O encontro, que aconteceu no final do ano passado, abordou temas como longevidade, contribuição social e econômica, educação e aprendizado para a população sênior, segurança financeira e bem-estar.
Sergio Serapião, Co-founder e CEO da Labora, representou o Brasil durante o encontro. Ele é um dos “fellows”, como são chamadas as pessoas que apoiam o processo de mudanças sociais positivas e sustentáveis dentro da rede Ashoka, que atua em mais de 90 países. O brasileiro trabalha desde 2004 com pesquisa e projetos voltados à longevidade, como o Lab 60+ e a Labora Tech, startup que busca fomentar a inclusão geracional no mundo do trabalho. “Foi uma grande oportunidade de conduzir debates e apresentar soluções sobre empresas e força de trabalho para a próxima década. Precisamos entender a longevidade e inseri-los em um novo modelo de trabalho, onde tenham participação ativa na sociedade”, destaca Serapião.
O brasileiro abordou em sua palestra as vantagens da “economia gig”, que também pode ser chamada de “economia compartilhada”, que é quando empresas ou empregadores optam por contratar funcionários independentes (freelancers) em um regime de trabalho flexível. De acordo com Sergio, esse modelo pode ser amplamente aplicado para a criação de oportunidades aos longevos. “Mais do que salário, estamos falando de conexão social e oportunidade. Esse sistema permite a atividade dos longevos de forma flexível e personalizada às empresas, um método que tem dado resultados muito positivos”, explica.
Sergio Serapião é um dos apoiadores e curadores da Longevidade Expo+Fórum. Ele contribui para o evento por intermédio de pesquisas, sugestões e apresentações de temas ligados à longevidade, tecnologias e modelos de trabalho.
(Texto: Aline Porfírio / Foto: Divulgação)