No maior evento de longevidade da América Latina, diretora da Mais Vívida mostrará como a inovação e as conexões intergeracionais ajudam a transformar a relação dos idosos com o mundo digital.
Empreendedora na área de Edu Health, consultora de marketing e inovação e Diretora da Mais Vívida, uma startup especializada em aproximar longevas e longevos da vida digital, Viviane Paladino é parceira de longa data do Fórum São Paulo da Longevidade e integra, este ano, o time de palestrantes. Ela conversou com a equipe de jornalismo do portal e compartilhou sua experiência na promoção de conexões intergeracionais que unem inovação, propósito e inclusão no envelhecimento contemporâneo.
Fórum São Paulo da Longevidade: Quais são os principais objetivos que vocês querem alcançar com essa curadoria na Expo Longevidade?
Viviane Paladino: Queremos mostrar que é possível aprender em qualquer idade e estimular os participantes do evento a olharem para a tecnologia de forma inclusiva. Vamos falar de apps de relacionamento, empresas que são referência em comunicação digital com os 60+ e inteligência artificial.
Fórum São Paulo da Longevidade: O painel “Conheça 10 aplicativos que facilitam a sua vida” tem uma proposta prática e bastante atrativa. Como foi feita a seleção desses aplicativos e quais áreas da vida cotidiana eles mais impactam?
Viviane Paladino: Selecionamos desde apps que facilitam nosso dia a dia, como os que utilizam Inteligência Artificial ou ajudam na criação de vídeos para as redes, por exemplo, até aqueles que resolvem problemas comuns no uso do celular, como a gestão de muitas senhas e outros aspectos de segurança. De fato, não é uma curadoria simples de fazer, e o foco maior foi em serviços úteis para os 60+ e também em relacionamentos por meio dos apps. Vamos apresentar, nesse dia, uma pesquisa sobre os aplicativos mais usados pelo público 60+.
Fórum São Paulo da Longevidade: A Mais Vívida trabalha há anos para combater o chamado “etarismo digital”. De que forma o simpósio pretende sensibilizar empresas e sociedade sobre a importância de superar esse tipo de exclusão?
Viviane Paladino: Na Mais Vívida, acreditamos que a informação é a melhor arma contra o preconceito, principalmente o “autopreconceito” — ou seja, quando você internaliza os estereótipos negativos sobre si mesmo a partir do que a sociedade impõe. Nossas capacitações servem justamente para provar o contrário: que você pode, sim, continuar aprendendo, vencendo preconceitos e usando a biologia em seu favor. Já se sabe, a partir de estudos científicos, que produzimos novos neurônios até os 90 anos de idade. Por que vamos nos esconder atrás dessa autoimagem negativa? Superar a exclusão digital é usar o que seu corpo e mente oferecem de melhor para manter — ou ainda melhorar — sua qualidade de vida. Afinal, quem vive sem tecnologia hoje?
Fórum São Paulo da Longevidade: Um dos pontos fortes do trabalho da Mais Vívida é a promoção da autonomia e da interação social dos mais velhos por meio da tecnologia. Como a curadoria do simpósio pretende refletir essa missão?
Viviane Paladino: Nossos conteúdos estarão 100% focados na inclusão digital e em como ela melhora a produtividade e a qualidade de vida dos 60+, por meio de mais autonomia e da melhoria dos relacionamentos pessoais e institucionais. Falando em interação social, não só entre as pessoas, mas entre pessoas e empresas, vamos abordar o WhatsApp e como ele tem sido a ferramenta essencial na comunicação de instituições com seus clientes. Também traremos os aplicativos de relacionamento mais usados, como o Tinder e outros. No que diz respeito à autonomia no uso da tecnologia, o painel sobre os 10 apps essenciais vai mostrar recursos que podem ajudar a aproveitar melhor o celular em atividades pessoais e profissionais, executadas com mais agilidade, qualidade e segurança. Já o painel sobre Inteligência Artificial, com certeza, vai ajudar os 60+ a entender melhor quando a IA pode contribuir e quando pode atrapalhar o dia a dia.
Fórum São Paulo da Longevidade: Na sua visão, qual será o legado do Simpósio SEJA DIGITAL dentro da programação da Expo Longevidade e que impacto vocês esperam gerar para o público e para os parceiros envolvidos?
Viviane Paladino: Nosso papel no Fórum São Paulo da Longevidade 2025 é sempre criar sensibilidade, comunicar, informar e atualizar o público sobre as novidades do mundo digital e como elas impactam a vida dos 60+. O nome SEJA DIGITAL, este ano, é um incentivo para que as pessoas quebrem barreiras e usem a tecnologia a seu favor. Acreditamos que, em um evento de tamanha relevância como a Expo Fórum — o maior do mercado na América Latina —, não é possível deixar de fora esse tema que impacta de forma determinante a vida dos mais vividos. Esperamos que quem vier assistir ao evento saia melhor do que chegou! Você, 60+, topa o desafio?