A Longevidade Expo+Fórum prestigiou o primeiro fórum que propôs a discussão sobre os cuidados com os longevos nas ILPIs – Instituições de Longa Permanência para Idosos, realizado na capital paulista nos dias 18 e 19 de agosto.
A equipe da Longevidade Expo+Fórum, comandada pelo diretor do evento, Antônio Carvalho Junior, interagiu com o público presente e antecipou as atrações e atividades programadas para o grande encontro da longevidade, que acontece de 29 de setembro a 1 de outubro.
“Esta é uma excelente iniciativa que traz luz para uma temática extremamente sensível para todos nós: as instituições de longa permanência para os longevos. Parabenizamos a Trevoo, que é um grande parceiro da Longevidade Expo+Fórum e que leva esta mesma temática para o evento. O público que nos procurou aqui mostrou-se muito ansioso pela realização da Longevidade Expo+Fórum no Expo Center Norte, en São Paulo. Orientamos a todos a se inscreverem o quanto antes no website do evento para garantir a participação em todas as atrações programadas”, disse o diretor da Longevidade Expo+Fórum.
Organizado pela Trevoo, plataforma que conecta idosos e suas famílias com Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) e que participa da Longevidade Expo em 2023, o Fórum ILPIs trouxe discussões com muito conteúdo importante sobre o funcionamento dessas instituições, o trabalho dos profissionais, as novas tecnologias, o que precisa mudar e o futuro do envelhecimento no Brasil.
O Fórum contou com a presença de quase mil pessoas, teve 67 palestras com especialistas como os médicos Wilson Jacob Filho, Marcelo Barducco, Rogério Rabelo; o economista Jorge Felix, que estuda a economia do envelhecimento, da Dra. Ana Claudia Quintana Arantes, geriatra e escritora, especialista em cuidados paliativos e do presidente da Longevidade Expo+Fórum, Walter Feldman. Contou também com a participação de autoridades do poder público, como o Secretário Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva, e de diversos representantes da vigilância sanitária, do Ministério Público e especialistas de importantes Universidades e comissões científicas.
Para a organizadora do fórum e presidente da Trevoo, Eliz Taddei, o principal objetivo do Fórum foi provocar uma reflexão sobre o setor, avaliar o que está sendo feito e o que precisa ser melhorado ou mudado. Foram analisadas pesquisas acadêmicas, dados científicos, novas tecnologias, telemedicina, administração segura de medicamentos, políticas públicas, gestão sustentável e investimento nos profissionais do setor.
Para o médico cardiologista Marcelo Barducco, “é necessário aproximar as ILPIs que estão fora de legalidade e orientá-las a oferecer tratamento digno a seus moradores e criar uma cultura de cuidado muito mais voltada ao ‘como fazer’ do que ‘o que fazer’, tratando o paciente de forma individualizada e com cuidado afetivo e respeitoso”.
Nesse cenário, é importante lembrar que o Brasil está envelhecendo. Segundo o IBGE, a expectativa de vida aumentou para 76 anos e atualmente há cerca de 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos no país. E para a 2060, o cálculo é que o país tenha 74 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Mas faltam política públicas e faltam recursos.
A pandemia da Covid-19 deixou algumas lições e fez as pessoas se atentarem e prestarem mais atenção às ILPIs, que a sociedade ainda chama – indevidamente – de asilo ou de casa de repouso. Para os especialistas, esse serviço estava à beira da sociedade, mas a pandemia começou a mostrar idosos morrendo em ILPIs de países desenvolvidos com França, Itália, Estados Unidos. Aqui no Brasil, esses estabelecimentos tiveram que se reestruturar rapidamente, mudar protocolos, para evitar o que estava acontecendo em outros países. E as ILPIs ganharam visibilidade com a pandemia e o setor precisou mudar. Antes a sociedade não tinha noção do que acontecia dentro das ILPIs; quando veio a crise sanitária, o cenário começou a aparecer.
Segundo o Secretário Nacional de Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre Silva, presente no Fórum, o desafio é grande. Ele disse que há programas socais muito bons no SUS e no SUAS (Sistema Único de Assistência Social), mas ainda há muito a ser feito e melhorado. “Temos que discutir melhor o envelhecimento e a velhice. Envelhecer é pensar em oportunidades”. O secretário Alexandre Silva já confirmou participação na Longevidade Expo+Fórum.
As ILPIs brasileiras são tipificadas pelo SUAS, mas os números ainda não estão consolidados. Porém um estudo recente da Frente Nacional de Fortalecimento às ILPIs, com base no CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) e nos CNPJs das instituições, mostrou que de 2010 para 2021 houve um aumento de 105,52%, passando de 3.548 ILP’S em 2010 para 7292 ILP’S em 2021. (fonte: GPED – ILPI, 2021).
(Texto: Elaine Camilo/ Fórum IPLIs e LGVD / Fotos: Divulgação)