A revolução prateada no Brasil e no mundo foi a temática escolhida para a Conferência de Abertura da Longevidade Expo+Fórum 2022. O médico gerontólogo, Dr. Alexandre Kalache, destacou que a longevidade foi a grande conquista da sociedade dos últimos 100 anos.
“O grupo dos 50+ é o único que aumenta majoritariamente no país e isso é para ser celebrado. Envelhecer é bom; morrer cedo é que não presta”, disse. O médico também é presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (International Longevity Centre Brazil-ILC-BR, bem como codiretor da Age Friendly Foundation.
O Dr. Kalache alertou sobre como as pessoas são invisibilizadas ao envelhecer no Brasil e que não estamos preparando o país para essa parcela do público 60+ que deve chegar a ser 31% da população em 2050. “Continuamos achando que somos um país de jovens e estamos envelhecendo rápido, sem os pilares básicos para que possamos oferecer qualidade de vida para os futuros longevos”, afirmou. Ele disse que neste sentido a saúde tem que vir em primeiro lugar, com o fortalecimento do sistema SUS, que já mostrou como é imprescindível durante a pandemia de Covid-19.
Apesar dessas constatações, o médico também falou sobre uma percepção de resiliência. “Temos que perceber que ao ser invisibilizados, somos deixados para trás. Mas a sociedade civil vai continuar gritando; um exemplo disso é que no ano passado conseguimos orquestrar uma campanha para retirar a velhice do código internacional de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS). Parecia impossível, mas conseguimos”, disse Dr. Kalache”.