Um em cada cinco longevos toma medicamentos que podem ser inapropriados e 50% recebem alguma medicação desnecessária. Além disso, 15% têm reação adversa
O envelhecimento mais saudável e a diminuição de riscos para o idoso passam por uma preocupação com o uso racional dos medicamentos. Quem afirma é o geriatra Luiz Antonio Gil Jr., diretor do Instituto Benvita. “Um em cada cinco idosos toma medicamentos que podem ser inapropriados e 50% recebem alguma medicação desnecessária. Além disso, 15% têm reação adversa”, afirmou o especialista, em participação no Longevidade Expo+Fórum 2022.
Ele elencou outros aspectos fundamentais para que os cuidados com o uso racional de medicamentos faça parte da rotina de atendimento: “Atualmente, cerca de 30% dos idosos têm um procedimento de polifarmácia, com cinco ou mais medicamentos e um em cada três é hospitalizado por problemas relacionados com medicações. Isso tem que ser uma preocupação imediata, pois no futuro, 25% das crianças de hoje chegarão aos 100 anos”.
Luiz Antonio Gil citou, ainda, que a senescência também é fator de atenção. Além de efeitos como a diminuição do tamanho dos rins, do fluxo renal e da filtração glomerular, há as deteriorações auditiva e visual, que dificultam a compreensão sobre como tomar os medicamentos.
Como ajudar
O diretor do Instituto Benvita explicou os passos necessários para diminuir os riscos impostos por estes obstáculos: “Revisar sempre as medicações e prescrever o mínimo necessário de medicamentos, para facilitar a vida do paciente. Além, é claro, de orientar, reorientar e criar ferramentas para que ele tome o medicamento, garantindo que as orientações foram compreendidas. Se fizermos isso bem feito, a qualidade de vida do idoso será melhor”.
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