Redação e edição
Analu Oliveira – 79+
Música, alento para as dores e os amores
Você, por certo, já ouviu falar de musicoterapia. Eu também já tinha acompanhado alguns comentários e matérias na mídia. Mas só agora, com o propósito de elaborar esse post para o site Longevidade, consegui me aprofundar e entender melhor como funciona.
A musicoterapia começou a ser reconhecida depois de ter sido aplicada nos hospitais de veteranos da Segunda Guerra Mundial. Estabelecida como terapia apenas em 1972, é uma ciência tecnicamente recente, se comparada às terapias convencionais.
Soldado com a terapia da música nos ouvidos
As técnicas desde então, envolvem escrever músicas, dançar ou sincronizar movimentos de acordo com o ritmo das músicas, cantar e fazer exercícios vocais, improvisar, tocar instrumentos, escutar música e tocar em grupo.
A música sempre foi uma benção. Lembra-se da expressão: “ tal coisa é música para os meus ouvidos”, ao mencionar algo muito bom que aconteceu? Pois é, hoje em dia ela já ganhou poder de cura, remédio eficaz para dores e depressão.
Música é receita de alegria e animação
A musicoterapia estimula o bom humor, aumenta a disposição e consequentemente, reduz a ansiedade, o stress e a depressão e tem mais: melhora a expressão corporal, aumenta a capacidade respiratória e estimula a coordenação motora. Vale ou não vale a pena, gente?
Vamos entender melhor como corpo e mente são afetados pela música. As abordagens podem variar no tratamento com musicoterapia. As sessões podem ser tanto com paciente passivo que apenas ouve o musicoterapeuta tocar algum instrumento, ou ativa, com interação de ambos. Também pode ser realizada em grupos, onde todos participam e tocam um instrumento.
E vejam só: A música ativa diversas regiões da massa cinzenta, como o hipotálamo, que regula a temperatura, o apetite e o estado de ânimo, bem como o tálamo, que interpreta os sentidos, e o hipocampo, que guarda a memória. Ainda atua nos lóbulos parietal, temporal e frontal com significativa estimulação das funções cognitivas.
Sabe a endorfina? E a dopamina? A música faz com que o cérebro libere ambas e são incríveis: o alívio da dor e as gostosas sensações de otimismo, força e energia. Liberam ainda a ocitocina, hormônio fundamental para a construção de confiança e aumentam muito a imunidade. É por tudo isso que os estudiosos já desenvolveram trabalhos pioneiros que consideram a musicoterapia como um remédio de verdade.
A música é a arte de expressar os sentimentos por meio dos sons e possui três elementos: o ritmo, melodia e harmonia. O ritmo tem a ver com o tempo e a velocidade dos sons e pode ser dividido em classes como: samba, jazz, blues. A melodia consiste no movimento sequencial dos sons que os torna agradáveis aos nossos ouvidos. A harmonia é movimento simultâneo dos sons que são produzidos ao mesmo tempo.
Os três juntos são uma verdadeira explosão na mente e no coração.
Vale ressaltar que para determinados grupos, alguns tipos de música tem significados especiais e afetam de forma diferenciada, por exemplo as tribos indígenas e seus rituais. O forró, a bossa nova e o samba, que são tipicamente brasileiros, tem destino certo nas regiões de origem mas estão hoje no país todo e até no exterior.
Faça sua play list
A dica é que você crie playlists de acordo com os seus objetivos:
- Reduziransiedade, estresse e desacelerar: opte por músicas mais lentas.
- Aumentar a disposição: músicas animadas que tragam motivação, ação, dançar e sair do lugar
- Sentir alegria:cantar ou dançar em grupo. Escutar músicas que tragam lembranças de momentos importantes de alegria.
- Reduzir sentimento de solidão:escute suas músicas favoritas.
- Para dormir:escute músicas relaxantes.
Tente buscar novos gêneros e artistas, sair da mesmice,
provocar seu cérebro.
Sobre a profissão de musicoterapeuta
O musicoterapeuta é o profissional que usa a música para a reabilitação física, mental e social de indivíduos ou grupos. Emprega instrumentos musicais, canto e ruídos para tratar pessoas com distúrbios da fala e da audição ou deficiência mental.
O musicoterapeuta utiliza vários instrumentos musicais
Atua, também, na área de reabilitação motora, no restabelecimento das funções de acidentados ou de convalescentes de acidentes vasculares cerebrais. Auxilia estudantes com dificuldade de aprendizado e contribui para melhorar a qualidade de vida de idosos e pacientes de doenças crônicas. Atua na reabilitação de dependentes químicos e a reintegração de menores infratores.
Dia 13 de setembro é o DIA DO MUSICOTERAPEUTA
O mercado de trabalho
Hoje a musicoterapia está incluída na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) do Sistema Único de Saúde (SUS).O profissional pode prestar concurso público e trabalhar em hospitais, clínicas, instituições de reabilitação ou centros de geriatria e gerontologia.
Médicos e musicoterapeutas em ação nos hospitais
O curso de Musicoterapia é de nível superior com titulação de bacharelado. A graduação possui duração média de quatro anos, e está disponível em instituições públicas e privadas. A grade curricular de musicoterapia combina as disciplinas do curso de música e do campo da neurociência. A graduação exige estágio obrigatório e a apresentação de uma monografia no final do curso.
Fontes:
O Estado de SP /Portal Terra
Saúde Brasil
O Globo
https://oglobo.globo.com/saude/quando-musica-o-melhor-remedio-25479180
Revista Saúde
https://saude.abril.com.br/bem-estar/o-que-e-a-musicoterapia/
Psicoterapia e Afins
https://www.psicoterapiaeafins.com.br/2020/12/14/como-a-musica-pode-ajudar-a-lidar-com-as-emocoes/
Guia da Carreira
https://www.guiadacarreira.com.br/guia-das-profissoes/musicoterapia/
Wikipedia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Musicoterapia