4 de Dezembro de 2019 às 06:00
“Completei recentemente 80 anos de idade trabalhando todos os dias e me sentindo realizada. A Marlene, minha personagem em ‘A Dona do Pedaço’, da Globo, era uma senhora que tinha desejos, gostava de dançar e namorar. Há pessoas que me perguntavam sobre o privilégio de fazer uma mulher assim, com vida ativa em plena terceira idade, e eu penso que só podem estar desconectadas da realidade.”
Suely ainda questiona essas pessoas: “Já foram a um salão de baile? Esses lugares estão sempre cheios. A mesma coisa vale para as academias, lotadas de velhinhos pegando peso e fazendo exercícios. Portanto, ninguém deveria se chocar ao ver uma senhora namorando na ficção. Isso não tem idade. É um retrato do que já acontece.”
Para a atriz, hoje, as mulheres de 60 e 70 estão maravilhosas, superativas. “Minha avó e minha mãe morreram na cama, sem se mexer por causa de artrose. Se hoje em dia algo começa a doer, o médico já manda a pessoa se movimentar. Tem coisa melhor do que dançar? Eu não fico parada quando escuto um ritmo.”
Segundo Suely, namorar é maravilhoso, mas casar é um horror. “Tive dois casamentos, ambos não deram certo. O namoro concentra os melhores momentos, o frescor e certa distância. Afinal, os desentendimentos se dão dentro de casa. Com a convivência no dia a dia, chegam as discussões, o excesso de intimidade… Ninguém merece. Agora, é claro que as coisas mudaram para melhor com os anos. Minha mãe, aos 39, era considerada uma senhora.”
Fonte: Veja. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.