Nosso site usa cookies de navegador para proporcionar a melhor experiência possível. Você precisa aceitar nossos Termos e condições de uso do site e Política de privacidade.
Aceitar
Longevidade Expo + Fórum
  • FÓRUM 2025
  • LOUNGES
    • EDIÇÕES ANTERIORES
    • QUEM SOMOS
    • IMPRENSA
  • INSCRIÇÕES
    • QUERO PARTICIPAR
    • SERVIÇO AO VISITANTE
    • PERGUNTAS FREQUENTES
  • NOTÍCIAS
    • Casa, Consumo e Facilities
    • Conhecimento, Cultura e Tecnologia
    • Destaque
    • Finanças, Seguro e Trabalho
    • Gastronomia e Nutrição
    • Longevidade
    • Moda, Beleza e Pro Age
    • Saúde e Bem-Estar
    • Turismo, Lazer e Destinos
  • CONTATO
  • QUEM SOMOS
Leitura: Ondas de calor e desigualdade urbana ampliam riscos para idosos, alertam especialistas no Fórum São Paulo da Longevidade
Compartilhar
aa
Longevidade Expo + FórumLongevidade Expo + Fórum
  • FÓRUM 2025
  • LOUNGES
    • EDIÇÕES ANTERIORES
    • QUEM SOMOS
    • IMPRENSA
  • INSCRIÇÕES
    • QUERO PARTICIPAR
    • SERVIÇO AO VISITANTE
    • PERGUNTAS FREQUENTES
  • NOTÍCIAS
    • Casa, Consumo e Facilities
    • Conhecimento, Cultura e Tecnologia
    • Destaque
    • Finanças, Seguro e Trabalho
    • Gastronomia e Nutrição
    • Longevidade
    • Moda, Beleza e Pro Age
    • Saúde e Bem-Estar
    • Turismo, Lazer e Destinos
  • CONTATO
  • QUEM SOMOS
Longevidade Expo + Fórum > Notícias > Destaque > Ondas de calor e desigualdade urbana ampliam riscos para idosos, alertam especialistas no Fórum São Paulo da Longevidade
Destaque

Ondas de calor e desigualdade urbana ampliam riscos para idosos, alertam especialistas no Fórum São Paulo da Longevidade

Longevidade Expo
Ultima atualização: 2025/10/28 at 5:46 PM
Longevidade Expo
Compartilhar
7 leitura mínima
COMPARTILHAR

Painel debateu o impacto das mudanças climáticas extremas na saúde da população idosa 

Realizada durante a 7ª edição do Fórum São Paulo da Longevidade, a Conferência Internacional Cidades Amigas do Idoso trouxe um dos debates mais sensíveis da atualidade: o impacto das mudanças climáticas na saúde da pessoa idosa. O painel “Mudanças Climáticas na Saúde da Pessoa Idosa” reuniu representantes da saúde, do legislativo e da academia para discutir a urgência de políticas públicas voltadas à proteção de quem mais sofre com os efeitos do aquecimento global.

A mesa foi aberta pelo vereador Eliseu Gabriel, presidente do Congresso Envelhecimento Ativo da Câmara Municipal de São Paulo, que chamou a atenção para a vulnerabilidade crescente da população 60+. “Os idosos são os mais afetados pelos eventos climáticos extremos”, afirmou. Para ele, é urgente que as cidades reconheçam e enfrentem os impactos diretos do clima sobre a saúde da população idosa, com políticas públicas baseadas em evidências e ações preventivas.

O vereador defendeu ainda que as cidades se tornem mais verdes e resilientes. “Precisamos repensar a infraestrutura urbana com cidades mais inclusivas e acessíveis, fortalecer o sistema de saúde e criar planos de emergência climática. Envelhecer com qualidade é viver em um planeta saudável”, destacou. Ele acrescentou que o enfrentamento das mudanças climáticas passa também pela educação e mobilização social: “É preciso aproximar gerações em ações que promovam consciência ambiental e responsabilidade coletiva.”

Na sequência, o Dr. Henrique Grunspun, do Centro de Bioética do Hospital Israelita Albert Einstein, apresentou um panorama preocupante sobre os efeitos do calor extremo. “As ondas de calor estão se tornando epidêmicas, com tendência de se alastrar como uma pandemia duradoura sem prazo para terminar”, alertou. Segundo ele, o envelhecimento do organismo dificulta a dissipação do calor, aumentando o risco de colapso térmico. “Nos idosos, os mecanismos de dissipação de calor estão prejudicados e a temperatura corporal pode atingir níveis fatais”, explicou.

Grunspun destacou ainda que doenças crônicas, comuns nessa faixa etária, agravam o quadro. “Essas condições prejudicam ainda mais a dissipação do calor, levando à desidratação, cãibras, exaustão, síncope e, o mais perigoso, a hipertermia (heat stroke), quando a temperatura corporal ultrapassa 40,5°C e causa colapso neurológico e falência múltipla dos órgãos. A taxa de mortalidade nesses casos chega a 50%”, detalhou.

A desigualdade urbana, segundo ele, intensifica esse cenário. “A temperatura ambiente em São Paulo é muito desigual. Estudos mostram variações de até 8,8°C no verão entre o Jardim Paulista, bairro nobre da Zona Oeste, e a Vila Jacuí, região periférica da Zona Leste, evidenciando o impacto da desigualdade no conforto térmico”, citou. Ele explicou que as chamadas “ilhas de calor”, que são áreas com pouca vegetação, excesso de asfalto e construções densas como as mais perigosas. “É nesses locais que ocorre a maior incidência de casos graves relacionados ao calor”, observou.

O médico ressaltou que cerca de 5 milhões de mortes anuais no mundo estão ligadas a alterações térmicas, segundo a Lancet Planetary Health. Para reduzir os riscos, ele defendeu medidas práticas: “Precisamos mapear as ilhas de calor, identificar os indivíduos vulneráveis, usar o novo sistema de CEP do governo federal para rastrear grupos de risco e integrar dados meteorológicos com inteligência artificial para prevenir desastres”. 

Em seguida, o Dr. Luis Ramos, coordenador do Centro de Estudos do Envelhecimento da Unifesp, trouxe dados que reforçam a dimensão do problema no Brasil. “Entre 2000 e 2018, o calor excessivo foi responsável por 48 mil mortes no país, e a maioria delas ocorreu em pessoas com mais de 65 anos”, citou, com base em levantamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Para Ramos, o aspecto mais crítico da prevenção é a hidratação. “A desidratação é o evento mais comum e é agravado pelo aumento da temperatura global. O idoso desidrata facilmente e demora mais para recuperar. Eles têm menor sensibilidade à sede e os rins possuem menor capacidade de concentrar a urina”, explicou.

Ele compartilhou uma experiência pessoal para ilustrar a gravidade do tema. “Há poucos meses, durante uma viagem à Europa, desmaiei no meio de um almoço, com pressão 6 por 3. Era um caso de desidratação aguda. Mesmo como médico, não percebi que estava desidratando”, contou.

Ramos defendeu o fortalecimento da articulação entre saúde, assistência social e meio ambiente. “Precisamos capacitar profissionais e cuidadores para reconhecer sinais precoces de agravamento, investir em infraestrutura adaptada e realizar campanhas educativas acessíveis. Essas ações podem salvar vidas e reduzir hospitalizações”, afirmou. Para ele, fomentar a participação comunitária também é essencial. “A solidariedade intergeracional e o engajamento de lideranças locais aumentam a resiliência coletiva diante das adversidades climáticas.”

Encerrando o painel, a enfermeira e sanitarista Leda Aschermann abordou um aspecto frequentemente negligenciado: o impacto emocional das mudanças climáticas. “O grau de consciência e o nível de informação sobre a crise climática estão levando a um aumento nas demandas de quadros psiquiátricos e emocionais nas unidades de atenção básica”, relatou. Ela destacou o crescimento da chamada ‘ecoansiedade’, definida como o medo crônico de catástrofes ambientais. “É uma preocupação com o futuro que gera sensação de impotência. Mas é importante sair da inércia e perceber a potência de agir”, afirmou.

Leda defendeu que o enfrentamento da crise climática também passa por atitudes cotidianas. “Cada pessoa pode fazer algo no seu espaço, na sua família, cuidando do consumo, regando a terra, separando o lixo corretamente. Ser um cidadão ativo é o primeiro passo”, concluiu.

Ao final deste painel foi apresentado um manifesto por justiça climática e cuidado com a população idosa, que será encaminhado para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em Belém, no Pará. 

Compartilhe este artigo
Facebook Twitter Copy Link Print
Compartilhar
artigo anterior Fórum São Paulo da Longevidade 2025 abre sua 7ª edição com foco em cidades inclusivas e envelhecimento ativo
Próximo artigo Público recorde e temas transformadores marcam primeiros dois dias do Fórum São Paulo da Longevidade 2025

Siga-nos nas redes sociais

Facebook Like
Instagram Follow
Youtube Subscribe

Ultimas Postagens

Público recorde e temas transformadores marcam primeiros dois dias do Fórum São Paulo da Longevidade 2025
Destaque Longevidade 28/10/2025
Ondas de calor e desigualdade urbana ampliam riscos para idosos, alertam especialistas no Fórum São Paulo da Longevidade
Destaque 28/10/2025
Fórum São Paulo da Longevidade 2025 abre sua 7ª edição com foco em cidades inclusivas e envelhecimento ativo
Destaque 27/10/2025
7o Fórum São Paulo da Longevidade 2025 começa nesta segunda-feira (27) com a presença do governador Tarcísio de Freitas, do Prefeito Ricardo Nunes e secretários
Destaque Longevidade 25/10/2025

Longevidade Expo + Fórum é um empreendimento da Longevidade Feiras e Congressos, com realização e gestão da São Paulo Feiras e Congressos, empresas do Grupo Couromoda, organização com 50 anos de experiência no setor de feiras de negócios e congressos profissionais.

Facebook Instagram Youtube Linkedin

Empreendimento,
Gestão e Realização

Sao Paulo_Feiras e Congressos-LG-o

São Paulo Feiras e Congressos

Alameda Santos, 2.441 – 2º andar | Conj. 22

Cerqueira Cesar – São Paulo/SP 01419-101

+55 11 3897-6100
+55 11 95444-8382

comercial@longevidade.com.br

A Longevidade Expo + Fórum é um empreendimento dos mesmos idealizadores de eventos de sucesso como:

couromodanova.png
silverweeknova.png
pretaporternova.png

Filiado à

Todos os direitos reservados à

São Paulo Feiras e Congressos Ltda

Copyright 2022 Longevidade

–

Política de privacidade

/

Termos e condições de uso do site.

Welcome Back!

Sign in to your account

Perdeu sua senha?