Redação e edição
Analu Oliveira – 79+
Vários medicamentos podem interferir na direção segura
Dirigir é uma delícia. Quem nunca sonhou em “tirar carta, carteira de motorista”, chegar logo aos 18 anos para poder dirigir? Pois é, mas acontece que na sequência vem os avisos, as recomendações, o aumento do trânsito nas grandes cidades (parece que agora também nas menores), a convivência difícil com as motos e caminhões, enfim…sinal de ALERTA sempre !!!
Hoje a ideia deste Post é destacar os perigos da direção ao tomar determinados medicamentos. A Fundação Oswaldo Cruz aponta que o Brasil está entre os maiores consumidores de remédios do mundo, fato que só se intensificou com a pandemia e uma maior incidência de distúrbios de maneira geral.
Stefania Alvise, pedagoga, educadora de trânsito e observadora certificada pelo pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV),afirma: “Muitos medicamentos, especialmente os psicotrópicos, causam sono, comprometem o reflexo, alteram a visão, a audição e o equilíbrio, como antialérgicos, antigripais e até moderadores de apetite”.
Já a Abramet – Associação Brasileira e Medicina de Tráfego – diz que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não tem uma disposição específica sobre o uso de remédios e a direção de veículos. Os que contêm substâncias psicoativas que causam dependência poderiam ser enquadrados no Artigo 165, que prevê que dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência, é infração gravíssima. Acontece porém que o motorista que utilizar de forma adequada medicamentos no tratamento de doenças, não incorrerá em prática ilegal.
Enfim, diversos fatores dificultam o estabelecimento de níveis seguros, como a tolerância de cada organismo, além da associação com outro fármaco ou mesmo com álcool. Depende da idade, da sensibilidade individual e do estado de saúde físico e mental de cada pessoa. Entre os medicamentos mais perigosos, estão os ansiolíticos, hipnóticos, estabilizadores de humor e antidepressivos.
Veja alguns e seus principais efeitos no organismo (Abramet)
Antialérgicos: os mais antigos são totalmente contraindicados para uso por motoristas, pela sedação. Já os mais recentes, “não sedativos”, causam menos sonolência.
Analgésicos comuns: muitos analgésicos ingeridos habitualmente podem causar sonolência, e resultar em dificuldade para dirigir.
Relaxantes musculares: podem causar sonolência diurna.
Antieméticos: os medicamentos para náusea e vômitos podem causar sonolência excessiva como efeito colateral.
Antiespasmódicos: os medicamentos para cólicas menstruais e intestinais têm a sonolência como um dos principais efeitos colaterais.
Antitussígenos e narcóticos: também causam sonolência.
Fique atento. Direção segura é fundamental !!!
Até que idade é possível dirigir?
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro não existe uma idade limítrofe para que se deixe de dirigir. O que muda é o prazo para a renovação da Carteira Nacional de Habilitação, após os 65 anos, que passa de 5 para 3 anos.
Alerta também para condução de veículos após exames médicos
Você deve ter ouvido na mídia no dia 15 de março, a notícia de uma mulher que capotou o carro na Rodovia Rio-Santos, ao sofrer um mal súbito enquanto dirigia para casa após passar por uma endoscopia. Segundo médicos, a realização desse exame exige o uso de anestésicos que podem causar efeitos sedativos prolongados que exigem um tempo de recuperação de, pelo menos, oito horas.
Por isso, sempre é recomendável um acompanhante que dirija o veículo do paciente. Importante destacar que felizmente essa “acidentada” está bem, não sofreu ferimentos graves.
No caso de retinografia (dilatação de pupila), a prudência é a mesma. Também são cerca de 8 horas para que o efeito do colírio desapareça.
Fontes
Estadão – Mobilidade
ABRAMET – Associação Brasileira de Medicina do Tráfego
Portal do Trânsito
Garagem 360
https://garagem360.com.br/remedios-e-exames-podem-tornam-o-motorista-incapaz-de-dirigir-saiba-quais/
Treinamento 24
Ambep
https://www.ambep.org.br/ate-quando-dirigir-os-idosos-podem-dirigir-conheca-a-lei/
(Imagens: divulgação)