Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia orienta como as pessoas idosas podem aproveitar o verão com saúde e qualidade de vida
Na estação mais quente do ano, a exposição solar costuma aumentar. Assim como o sol é importante para a saúde, também inspira cuidados, especialmente para as pessoas longevas, que podem ser mais suscetíveis à desidratação e hipertermia, condição que ocorre quando o corpo está com uma temperatura mais elevada do que o normal. Além disso, há o risco conhecido do câncer de pele.
A exposição prolongada à radiação ultravioleta faz com que os tumores de pele sejam o tipo de câncer mais frequente no país, correspondendo a 31% de todas as neoplasias malignas registradas. Uma nova estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê, para cada ano do triênio 2023-2025, cerca de 704 mil novos casos de tumores no Brasil, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram 70% da incidência total de neoplasias.
“Pintas novas e incomuns, assimétricas ou com irregularidades na borda; alteração em uma pinta já existente; escurecimento da pele ou nódulos e sangramento ou ferida que não cicatriza; manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou até sangram; e feridas que não cicatrizam em até quatro semanas são sinais de alerta para que as pessoas, especialmente as idosas, possam procurar um médico especialista”, alerta o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dr. Marco Tulio Cintra.
Desidratação é outro problema que atinge pessoas em idade avançada com mais frequência: “As pessoas longevas costumam ter menor sensação de sede e frequentemente fazem uso de diuréticos. Morar sozinho, ter alterações da mobilidade, quadros demenciais e certas comorbidades prevalentes nesta faixa, como diabetes, doenças cardiovasculares, entre outras, podem predispor a desidratação por reduzir o acesso aos líquidos sem auxílio de terceiros, dificultar o reconhecimento do quadro clínico de desidratação e aumentar a perda insensível de líquidos”, reforça o vice-presidente da SBGG.
Portanto, é importante ficar atento a sinais como lábios e língua secos, menor quantidade de urina, alterações de comportamento, confusão mental, dor de cabeça, tonturas, fadiga e mal-estar, que podem indicar desidratação.
Quando há hipertermia, os sintomas de alerta são: dores abdominais, cãibras, vômito, dor de cabeça, tontura, fraqueza, excesso ou falta de suor. O quadro também pode avançar para sintomas neurológicos, como irritabilidade, alucinações, delírios, convulsões e coma.
Por fim, Dr. Marco Tulio Cintra elenca algumas dicas para que as pessoas longevas possam aproveitar o verão com saúde e qualidade de vida: “Algumas já são bem conhecidas, mas é sempre importante ressaltar: evitar a exposição solar entre 10h e 16h; usar protetor solar na pele e nos lábios e usar proteções físicas como boné, chapéu e sombrinhas. Outras dicas complementares são: beber água com frequência, consumir alimentos leves, vestir roupas igualmente leves ou com proteção UV e preferir lugares sombreados e arejados”, aponta o vice-presidente da SBGG.
(Informações: SBGG / Imagem: IStock)