Redação e edição
Analu Oliveira – 80+
Beth Goulart lança livro que homenageia a mãe Nicette Bruno
“Viver É uma Arte: Transformando a Dor em Palavras”. É esse o título do livro recém lançado pela atriz Beth Goulart, escrito para aplacar a dor do falecimento da mãe, a querida Nicette Bruno, falecida no dia 20 de dezembro de 2020, vítima da Covid-19.
Beth conta que a ideia inicial era dividir histórias dela e da mãe e que as duas até começaram a escrever juntas. Ela explica que após o processo de perda da mãe, o livro ganhou outra característica, outro teor. “Um processo diferente de como foi a perda do meu pai, que foi assistida, acompanhada por nós. Minha mãe estava com Covid, no auge da doença, morreu um mês antes de as vacinas chegarem. Não pudemos acompanhar”, completou.
O importante para a atriz foi a oportunidade de ajudar outras pessoas que poderiam estar no mesmo momento difícil do luto como ela e a família: “Essa dor profunda que eu vivenciei, quantos brasileiros não estavam vivenciando? Isso era uma forma de ajudar as pessoas, contar minha história seria uma forma de contar a história delas também. Quando nós fazemos teatro, novela, contamos vida, histórias de vida, para que as pessoas se identifiquem com aquilo. Mas aqui não é ficção, é verdade”.
O livro de estreia da atriz é uma obra cheia de afetos, de histórias de mãe e filha unidas pela arte, mas, acima de tudo, pelo amor e pela maternidade. Ambas compartilharam os palcos da vida em momentos inesquecíveis de cumplicidade entre elas e em família. O prefácio é de Nélida Piñon e posfácio da atriz Fernanda Montenegro.
Sobre Beth Goulart
Elizabeth Miessa nasceu no Rio de Janeiro no dia 25 de janeiro de 1961. Filha de Paulo Goulart, falecido em 13 de março de 2014 e Nicette Bruno, falecida em 20 de dezembro de 2020. Beth faz parte de uma família de atores que inclui os pais, sua avó Eleonor Bruno e seus irmãos Barbara e Paulo.Foi casada com o maestro e compositor Nando Carneiro com quem teve o filho João Gabriel.
A estreia de Beth foi em 1974, no teatro, na peça O Efeito dos Raios Gama Sobre as Margaridas do Campo que lhe rendeu o Troféu APCA de Atriz revelação. Foi nessa peça que atuou pela primeira vez com a mãe e a irmã.
Na TV a primeira participação foi no teleteatro Alô, Alguém aí?, de William Saroyan, exibido pela TV Cultura, em 1975. Na telenovela o início foi em Papai Coração, em 1976, na TV Tupi. Depois vieram Éramos Seis, Roda de Fogo, O Direito de Nascer e Como Salvar Meu Casamento.
Na Rede Globo a primeira novela foi Marina. Participou também das novelas Selva de Pedra, Perigosas Peruas, O Clone, Paraíso Tropical e Três Irmãs.
Beth também fez vários trabalhos nas Redes Record, Manchete e Bandeirantes. Em 1981, como cantora, participou do MPB Shell com a música O Balão, lançada depois em um compacto simples. Em 1982, gravou o LP, Passional e em 1985, Mantra Brasil. No cinema trabalhou nos filmes: Dois Córregos, Bens Confiscados, Canção de Baal, Joelma 23º Andar,
Em 1999, por sua atuação na peça Decadência, recebeu o Prêmio Shell de Melhor atriz. Em 2009, com o monólogo Simplesmente Eu, Clarice Lispector, Beth torna-se também diretora.
Fontes