Redação e edição
Analu Oliveira – 80+
Dona Onete esbanja alegria e encanta plateias
Dona Onete é essa figura bonita e colorida, flor no cabelo, batom vermelho, risada gostosa e principalmente a saia rodada que o carimbó conquistou !!
Muitos títulos fazem parte de sua vida, como “diva” e “rainha” do carimbó chamegado”. Fato é que ela consegue fazer todo mundo dançar com suas músicas incríveis que misturam samba, brega e bolero. Uma explosão !
Ela, que começou a cantoria só depois dos 60 anos, hoje tem mais de 300 composições de sucesso e promete para muito breve seu quarto álbum. Já em estúdio e pronta para comemorar a volta triunfal após a dureza da pandemia, Dona Onete, vem com tudo!
Diz ela: “Tem 30 músicas, ainda estou fazendo mais, e eu não sei o que vai acontecer. Vai ter briga, muita briga, porque uns querem uma coisa, outros querem outra, e eu quero aquilo que estou seguindo, né? Mas a gente vai fazer tudo para que o Pará volte novamente com um CD maravilhoso, que o povo dance, porque eu quero dançante, muito dançante. Eu vou falar de uma festa de interior no Pará”, finaliza a cantora., disse.
Dona Onete, antes da pandemia, cumpria uma enorme agenda de shows na Europa, Ásia e Oceania, sempre para levar a musicalidade amazônica a todos os públicos, os jovens principalmente.
Em Brasília, Dona Onete já recebeu a Ordem do Mérito Cultural, foi musa do Virgens da Asa Norte e, na última semana de julho, foi uma das atrações do Festival Latinidades, junto com Lia de Itamaracá e MC Carol, entre outras mulheres negras que são marcantes na música.
No dia 22 de junho, Dona Onete foi a artista homenageada da segunda edição do “Troféu Tradições” da União Brasileira de Compositores (UBC), no Theatro do Paz, em Belém. Foi durante um grande show com artistas paraenses, como Fafá de Belém, Félix Robatto e Mestre Damasceno. A cantora e compositora Paula Lima, uma das diretoras da UBC, garantiu emocionada: “É mágico poder celebrar a vida e existência da Dona Onete”.
No Rock in Rio 2019, Dona Onete comandou o show inédito e exclusivo Pará Pop no Palco Sunset com os sucessos Jambu Treme e No Meio do Pitiú.
E vem aí a última novidade: O Prêmio Multishow, que acontece em 18 de outubro, que vai unir a rainha do carimbó, Dona Onete, e Liniker, uma das maiores revelações da música atual. As duas vão cantar a música “Banzeiro”, de Dona Onete.
Confira a participação de DONA ONETE no programa da TV Globo, “É de Casa”, de sábado, dia 01 de outubro. Rodrigo Hilbert cozinha um Vatapá Paraense ao lado da DAMA DO CARIMBÓ.
Sobre Dona Onete
Ionete da Silveira Gama nasceu dia 18 de junho de 1939 em Cachoeira do Arari, interior do estado do Pará, morou em Belém na infância, e depois em Igarapé-Miri (PA). Começou a carreira profissional com mais de 70 anos. Durante anos, cantou escondido do marido com quem casou aos 19 anos. As músicas de sua composição ficaram engavetadas por muito tempo.
Estudou, foi professora de história em vários colégios durante 25 anos e um dia, cansou, separou-se do marido, casou de novo e enviuvou. Tem dois filhos, cinco netos e 4 bisnetos.
Fundou e organizou grupos de danças folclóricas e agremiações carnavalescas, interpretou uma cantadora de carimbó no filme Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, estrelado por Camila Pitanga. É uma das estrelas da série de espetáculos “Terruá Pará”, promovidos pelo governo do estado que conta com grandes nomes da música local.
Em 2012, lançou o primeiro CD, Feitiço Caboclo e começou a despertar interesse de produtoras estrangeiras de Portugal, França e Inglaterra. Em 2016 veio seu segundo álbum com músicas inéditas, Banzeiro, e também sua primeira turnê nos Estados Unidos com cinco shows, o último deles em Nova Iorque com presença de David Byrne e Caetano Veloso.
A música “Boto Namorador” fez parte da trilha sonora da novela da Rede Globo A Força do Querer. Além dela, “Jamburana” e “Feitiço Caboclo” também estiveram em novelas da emissora. E Dona Onete esteve presente em inúmeros programas de emissoras de TV de todo país e exterior, como especiais para rádios europeias e dois shows na BBC de Londres.
Em julho de 2017, foi capa da maior revista de world music no mundo, a Songlines, e fez sua quarta turnê na Europa quando passou por grandes festivais como Rudolstadt Festival na Alemanha, Zwarte Cross na Holanda, WorldWide Festival em Sète – França
Foi indicada ao Prêmio da Música Brasileira de 2017, como Melhor Cantora Regional. Em 2017, ela foi nomeada para a Ordem do Mérito Cultural e seu disco Rebujo foi eleito um dos 25 melhores álbuns brasileiros do primeiro semestre de 2019 pela Associação Paulista de Críticos de Arte.
Dona Onete participou em dois álbuns da cantora paraense Gaby Amarantos; na faixa “Mestiça”, no Treme (2012), e na faixa “Última Lágrima”, ao lado da Elza Soares e Alcione, em Purakê (2021). [5]
Fontes: