Redação e edição
Analu Oliveira – 80+
Nunca se falou tanto em Saúde Mental. Felizmente!!
Dia 10 de outubro foi comemorado o Dia Mundial da Saúde Mental.
É uma data importante que insiste em tirar das sombras a discussão sobre transtornos cada vez mais frequentes em todo mundo. Pandemia, guerras, mudanças climáticas, politização, tudo leva a um turbilhão de emoções que abalam o cotidiano das pessoas.
Mas ainda é preciso aumentar a conscientização sobre o problema e mobilizar esforços para criar redes de apoio aos que enfrentam transtornos mentais. A saúde mental não é “desconectada“ do corpo humano. Ela é parte fundamental da nossa saúde geral e do nosso bem-estar. É o conjunto da obra!

A OMS – Organização Mundial da Saúde diz que saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade.
A pandemia trouxe muito sofrimento e dor, mexeu com a cabeça de muita gente e exigiu busca por terapia. Ansiedade, depressão, insônia, foram algumas das consequências sérias que acometeram de crianças a longevos.
Mas o primeiro passo – e muitas vezes o mais difícil – é reconhecer necessidade de apoio, atendimento psicológico, terapia individual ou em grupo. Aí sim vem a pergunta: O que posso fazer agora para melhorar minha saúde mental ?

Emily Anhalt, psicóloga clínica e diretora sênior de inovação em saúde da Associação Americana de Psicologiasugere um “exercício emocional” ao cotidiano. “Assim como malhar previne pressão alta e doenças cardíacas, estar em boa forma emocional pode ser uma postura proativa em relação ao controle do estresse. É preciso promover a resiliência e ajudar você a se fortalecer”.

Especialistas sugerem alguns exercícios. Confira:
- Está se sentindo sobrecarregado? Marque um “encontro com sua preocupação”
Defina um horário na sua agenda para se preocupar e ruminar as coisas. Reserve de 10 a 15 minutos para anotar seus problemas.
- Está se sentindo para baixo? Faça amizade com as emoções difíceis
Seja amiga dos seus sentimentos. Medo, preocupação, raiva, nojo, surpresa. O fato de dar nome a eles já é um passo para compreensão e pedido de socorro se for o caso.

- Cultive os abraços
Perigosos durante a pandemia, agora já se pode voltar aos abraços que beneficiam as relações, trazem acolhimento e privilegiam o equilíbrio emocional. Liberam a ocitocina (hormônio do amor e do bem-estar físico e emocional), reduzem os níveis de cortisol (hormônio do estresse), liberam dopamina, responsável pelo bom humor e motivação.
- Aproveite as redes sociais em seu benefício
Limite os acessos, usufrua conhecimentos e boas notícias, compartilhe bons momentos.
- Fuja do burnout
A síndrome de burnout é caracterizada por exaustão, menor identificação com o trabalho e sensação da redução da capacidade profissional. Se você se sente exausto, incapaz e odeia o que faz, é alerta vermelho: procure ajuda.
- Está explodindo de ansiedade? Exercite a curiosidade
Faça a si mesmo a pergunta: “O que acontece comigo? Por que sinto tanta angustia e aflição? Para que a ansiedade não evolua para um transtorno mental, é importante ficar atento aos seus sintomas e modificar a sua forma de enfrentá-la. Não hesite em buscar ajuda.
Sugestão de livro

Talvez você deva conversar com alguém
Lori Gottlieb
Lori Gottlieb é uma escritora e psicoterapeuta americana. Esse livro já vendeu um milhão de cópias e será adaptado para uma série de TV. É uma jornada emocionante de autodescoberta e um lembrete sobre a importância de sermos ouvidos, mas também de sabermos ouvir. Um livro sobre a importância dos encontros, dos afetos e da coragem de todos os que partimos para a aventura do autoconhecimento
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Fontes
(Imagens: Divulgação)