Atual geração 60+ se destaca pela resiliência e pelo senso crítico ao comprar produtos ou contratar serviços
O Brasil conta hoje com 34,5 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o que equivale a 16% da população (IBGE 2021). Esse grupo tem parcela importante na economia do país, 25% deles são a única ou a principal renda dos lares brasileiros. Juntos, o público sênior 60+ soma R$ 964 bilhões em renda. Os longevos são uma população em expansão e com participação efetiva no mercado de consumo.
Sergio Duque Estrada, embaixador da Aging 2.0 na America Latina e CEO da ATIVEN Inovação e Longevidade, parceiros de conteúdo da Longevidade Expo+Fórum, explica que a geração sênior está ressignificando o envelhecer, buscando mais conhecimento e recursos para estarem inseridos na sociedade.
A ATIVEN, em parceria com a Raízes e a SeniorLab, realizou uma pesquisa para traçar e entender o perfil de quem compõe a economia prateada. O estudo, intitulado Bússola 60+, entrevistou 1.464 pessoas em todo Brasil nas faixas dos 30 aos 59 anos e 60+, que é o grupo principal da iniciativa. O primeiro dado revelado pela pesquisa é que a atual geração 60+ está mais engajada com meio-ambiente e inclusão, o que faz com que ela decida pagar mais caro por produtos ou serviços que tenham responsabilidade ambiental e social.
Outro ponto de destaque da pesquisa Bússola é que esse consumidor é mais exigente e crítico. “Constatamos que os seniors valorizam marcas que ofereçam alternativas que atendam suas necessidades. Eles priorizam o desejo de consumo, estão dispostos a pagar por qualidade e pelo que foi feito pensando neles, porém, também possuem senso crítico elevado”, explica Sergio.
Ele reforça que a atual geração 60+ carrega um histórico de muitas lutas e conquistas do passado, o que os torna um público mais resiliente. “Esse grupo criou Woodstock,
participou de movimentos estudantis, manifestações LGBT, hiperinflação. Todos esses fatos tornaram os 60+ de hoje um público com um pensamento mais avançado e paciente”.
Os longevos são consumidores ativos e abrem espaço para a expansão das silvertechs no mercado. Diversos modelos de serviços e negócios falam diretamente com esse público. O desafio, segundo Estrada, é vencer as barreiras da inclusão social. “É preciso quebrar os paradigmasde que longevo não consome, não se relaciona. Redes como Whatsapp e Facebook são massivamente usadas pelo público 60+. O que precisamos fazer é atender esse grupo de forma personalizada, com um olhar apurado para suas necessidades e com ideias e ferramentas que favoreçam o bem-estar dessa população”, enfatiza.
Fundada em 2012, a Aging2.0 tem como missão acelerar a inovação para proporcionar um envelhecimento mais saudável e com mais oportunidades. A marca possui hoje mais de 40 mil inovadores e está presente em 31 países. A Aging2.0 participará da quarta edição do Longevidade Expo+Fórum, onde apresentará conteúdos e soluções para as questões longevas.
(Imagens: Divulgação)