Redação e edição
Analu Oliveira – 80+
Ela voltou! Depois de três anos ausente dos palcos por conta da pandemia, Vera arregaçou as mangas e resolveu aceitar o desafio de um monólogo forte e desafiador: “Ficções”, uma adaptação do best-seller “Sapiens”, de Yuval Harari.
O espetáculo que estreou dia 28 de setembro, terminou com grande sucesso de público e crítica no dia 30 de outubro, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. A promessa é que chegue a São Paulo, no Teatro FAAP, de janeiro a março de 2023, como parte da turnê que estará em várias capitais do Brasil.
Vera dividiu o palco com o violoncelista e compositor italiano Federico Puppi e a direção foi de Rodrigo Portella, ganhador do Prêmio Shell. Em seu best-seller, Yuval Noah Harari reflete sobre a pretensa evolução da nossa espécie ao longo de 300 mil anos. É uma análise crítica perfeita do historiador e filósofo israelense que faz um alerta sobre os riscos do futuro.
“Nós, humanos, somos os animais mais evoluídos e mais destrutivos que jamais viveram”.
A atriz Vera Holtz analisa a forma como o ser humano tem agido no ambiente virtual: “Hoje, qualquer pedacinho do corpo tem um preço. Quero entender essa linguagem, essa forma de se relacionar. E também as discussões sérias sobre os vários preconceitos que a gente tem sem nem se dar conta. É preciso tirar a capa, trocar de pele, ligar os canais entupidos”.
Vera acredita que faz esse espetáculo para rever sua forma de trabalhar, entender quem é. A reflexão principal é sobre os desafios da humanidade. “Herdamos um sistema de crenças que engolimos sem reflexão. Não se conversa, não se discute. Mas a gente pode mudar tudo”
Sobre Vera Holtz
Vera Lúcia Fraletti Holtz nasceu em Tatuí,, interior de São Paulo, no dia 7 de agosto de 1953. Descendente de alemães e italianos, é atriz e diretora de teatro, solteira e sem filhos que afirma: “Casei com as minhas escolhas”.
Antes de se tornar atriz, Vera se formou em artes plásticas, em desenho geométrico e chegou a dar aulas de Matemática em Piracicaba, interior de São Paulo. Quando veio morar em São Paulo, capital, decidiu se matricular na Escola de Artes Dramáticas da USP e trabalhava no Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade para se sustentar.
Em 1975, já transferida para o Rio de Janeiro, ingressou na Escola de Arte Dramática (EAD) e atuou nas peças As Feiticeiras de Salem e Tribobó City. Mais adiante, estudou na Escola de Teatro da Uni-Rio, onde atuou em Visões de Simone Machard, O Interrogatório e Cidade Assassinada.
A estreia profissional foi em 1979,em Rasga Coração, de Oduvaldo Vianna Filho. Dois anos depois, Vera integra o Grupo TAPA, ainda na fase carioca, e com essa turma incrível realiza diversos espetáculos: O Anel e a Rosa, Tempo Quente na Floresta Azul e Caiu o Ministério.
Em 1981, lá vai ela como comediante em Na Terra do Pau Brasil, Nem Tudo Caminha, Viu?, ao lado de Ary Fontoura. Depois, interpretou uma babá na minissérie Quem Ama Não Mata, e uma vendedora, em Parabéns pra Você. Após vários outros excelentes trabalhos, Vera esteve na TV em mais de 20 novelas e minisséries entre elas Três Irmãs e Passione. Em 2012, interpretou a antológica Mãe Lucinda, personagem que a imortalizou como “mãe do lixão”, na novela de João Emanuel Carneiro, Avenida Brasil.
No cinema”foram mais de 15 filmes, entre eles: “O Menino Maluquinho” (1995) e “Família Vende Tudo” (2011).
Fontes
Na Telinha