Redação e edição
Analu Oliveira – 79+
Será que é preciso encher o prato?
Tá com fome? Certeza? Ou é só aquela fissura de comer qualquer coisa para aplacar a ansiedade?? Perguntar não ofende né gente? Responda para você mesmo, responda para o espelho com sinceridade !!!
Alimentar-se vai muito além da necessidade fisiológica, ou seja, a fome. Comer é um ato social, que remete a sensações de prazer e bem-estar. Acontece, porém, que em situações emocionais como estresse e ansiedade, o organismo pode sofrer certo desequilíbrio e é aí que mora o perigo….comer para procurar conforto !!!
De acordo com a nutricionista Ana Raíssa Orloski, o corpo humano tem um mecanismo de controle da fome e da saciedade, regulado pelos hormônios grelina e leptina. É ela quem diz: “O primeiro é responsável pelo aumento do apetite e o segundo pelo controle da saciedade. Estudos mostram que pessoas que não dormem bem, estão estressadas ou apresentam excesso de peso, podem ter alterações nesse mecanismo, o que as leva a comer muito mais”.
Ana Raissa explica que a falta de controle na hora de comer pode levar a transtornos alimentares e ganho de peso e, consequentemente, ao maior risco de doenças associadas, como diabetes, cardiopatias e pressão alta.
Então, vamos lá, de novo a pergunta: Esse descontrole é fome ou gula? Existe uma grande diferença entre a fome e a vontade de comer! Basta observar os sinais que seu corpo demonstra. “Quando estamos com fome o estômago reclama e qualquer alimento irá satisfazer essa necessidade. Já a gula é aquela vontade de algo específico, geralmente calórico e pobre em nutrientes, comum de aparecer no fim da tarde devido à queda nos níveis de serotonina”, explica a nutricionista.
E tem mais: A alimentação ruim, gerada pelos exageros da gula desequilibra a flora intestinal e causa um quadro chamado disbiose. “Essa condição leva ao aumento do quadro ansioso o que influencia o intestino e o sistema nervoso-central”, diz Ana Raíssa. Resultado: a ansiedade leva ao maior consumo de alimentos calóricos e assim por diante.
E o que diz Marcio Atalla, pós-graduado em nutrição? “Comer demais é inflamatório. Dá trabalho para o corpo e seus órgãos. Envelhece. Comer o suficiente é legal. Então, minha dica é: colha os figos da figueira, leve prá casa e divida com a família! Comer de tudo, um pouco, e fazer atividade física sempre”.
Juntos na cozinha, refeição valorizada
Que tal tentar reverter os maus hábitos com essas dicas dos especialistas?
Vamos lá:
Diário alimentar: Anote em uma tabela todos os alimentos que consumiu durante o dia, inclusive as beliscadas;
Mastigue bem os alimentos, várias vezes e com calma: observe o que está no prato, a textura, sabor e aroma da comida. Aproveite este momento! Evite distrações, como televisão, celular ou trabalho. Estes detalhes facilitam a digestão, aumentam a saciedade e a absorção de nutrientes;
Inclua no seu dia a dia alimentos ricos em fibras e nutrientes: legumes e verduras, frutas e oleaginosas (chia, gergelim, castanhas e outras);
Dedique-se à sua refeição sem celular, TV ou outras distrações
Programe seus lanches com opções saudáveis: deixar a quantidade certa evita que busque outros alimentos, belisque a tarde toda e acabe por exagerar na quantidade;
Pratique alguma atividade física e hidrate-se: colocar o corpo em movimento e beber água são importantíssimos para o funcionamento do seu organismo como um todo;
Evite industrializados: a indústria infelizmente nos rodeia de alimentos atrativos, porém calóricos, ricos em sódio, açúcares, gorduras e pouco nutritivos. Ou seja, não trazem benefícios à sua saúde;
Cuidado com as dietas restritivas: aquelas famosas “dietas da moda”. Alimentação saudável e equilibrada não quer dizer cortar tudo o que você gosta. Significa manter equilíbrio. Uma ingestão de calorias muito baixa também não é saudável e faz com que seu metabolismo reduza, ou seja, com o passar do tempo você comece a engordar.
Fontes:
Mais Saúde
O Globo
https://blogs.oglobo.globo.com/espiritualidade-e-bem-estar/post/por-que-somos-tao-gulosos.html
Fina Forma
https://www.finaforma.com.br/blog/como-diferenciar-fome-de-gula
(Imagens: divulgação)