Redação e edição
Analu Oliveira – 79+
Tom Zé, eterna explosão de alegria
Lá vem ele, baiano e paulistano, sempre com uma alegria contagiante em seus 85 anos de puro talento.Tom Zé acaba de lançar seu novo disco: “Língua Brasileira”, pelo Selo Sesc com 11 canções autorais que foram feitas a princípio para um espetáculo teatral com mesmo nome, dirigido por Felipe Hirsch, que estreou em janeiro no Sesc Consolação.
Os shows de lançamento serão nos dias 9 e 10 de julho, no Sesc Vila Mariana. O disco já está nas plataformas digitais desde 24 de junho, além do formato físico, em CD. Hirsch assina também a direção artística do álbum, que tem ainda como produtores Daniel Ganjaman e Daniel Maia.
Álbum “Língua Brasileira” mostra a paixão de Tom Zé pelo idioma
É ele quem diz: “Neste álbum destaco a importância de outras culturas para a formação e a construção da língua portuguesa em terras brasileiras. Foram dois anos de trabalho, de domingo a domingo e assim chegamos, com leves arranhões, a este disco com gravações inéditas, que passamos aos vossos ouvidos.
Língua Brasileira é parte de um projeto ambicioso que contempla, além da criação musical, a pesquisa em linguagem teatral, letras, antropologia e outras disciplinas. Tom Zé garante seu orgulho “na língua cantabile e melodiosa que falamos no Brasil. Falamos, com pouso nas vogais, uma língua quase cantada, em vez daquelas consoantes acentuadas preferidas em Portugal”.
Shows de lançamento do novo álbum serão dias 9 e 10 de julho
“Hy-Brasil Terra Sem Mal”, é a música que abre o álbum e é inspirada na crença tupi-guarani da Terra Sem Mal e na mitológica ilha que figura na cultura celta, denominada Hy-Brasil. Daí vem “Língua Brasileira”, “Unimultiplicidade”, “Gênesis Guarani”, “Metro Guide”, “Índio Desliga Jaraguá”, “A Língua Prova Que”, “San Pablo, San Pavlov”, “San Paulandia”, “Clarice” e “Os Clarins da Coragem”.
Confira a canção Os Clarins da Coragem
https://www.youtube.com/watch?v=-PiCJucZ7qc
Sobre Tom Zé
Antônio José Santana Martins nasceu em Irará, sertão baiano, no dia 11 de outubro de 1936, É casado com com Neusa Martins, contadora e eterna fã, sua segunda mulher, desde 1971, com quem mora no bairro de Perdizes, em São Paulo. Com a primeira, Yeda Machado, teve o único filho, o médico oncologista Everton Pontes.
Tom Zé e Neusa, seu anjo da guarda há mais de 50 anos
Considerado uma figuraça das mais originais da música popular brasileira, Tom Zé participou ativamente da Tropicália nos anos 1960 e é uma voz alternativa influente no cenário musical do país.
Passou a infância no sertão baiano, cursou o ginasial em Salvador onde, já adolescente, se interessou pela música e aprendeu a tocar violão. Participou de programas de calouros nos anos 1960 e entrou para a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia.
Tom Zé com Gil e Caetano, amigos desde sempre
Com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia realizou o espetáculo Nós, Por Exemplo nº 2, no Teatro Castro Alves, em Salvador. Com eles todos, segue depois para São Paulo onde encenam Arena Canta Bahia, dirigido por Augusto Boal e grava o álbum do movimento Tropicalista Tropicália ou Panis et Circensis, em 1968.
Nesse mesmo ano conquista o primeiro lugar no IV Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, com a canção “São Paulo, Meu Amor”.
No final dos anos 1980, foi “descoberto” pelo músico David Byrne (ex-Talking Heads), em uma visita ao Rio de Janeiro, que foi responsável pelo lançamento de sua obra nos Estados Unidos, grande sucesso de crítica.
Tom Zé conquistou plateias na Europa, Estados Unidos e Brasil, especialmente após o lançamento do álbum Com Defeito de Fabricação, em 1998 (eleito um dos dez melhores álbuns do ano pelo The New York Times). O artista também compôs, na década de 1990, música para coreografias do Grupo Corpo de dança.
Depois vieram os discos Vira Lata na Via Láctea, acompanhado pelo show Canções Eróticas de Ninar em 2016. A revista Rolling Stone Brasil o elegeu em 23º lugar como melhor álbum brasileiro.
Em 2019 foi lançada pela editora italiana Add a primeira biografia autorizada com o título Tom Zé. L’ultimo tropicalista do escritor Pietro Scaramuzzo que chegou ao Brasil pela Edições Sesc SP.
Como torcedor fanático do Corinthians, em 1990 fez uma música em homenagem ao jogador Neto, o Xodó da Fiel, em alusão à sua não convocação para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo de 1990.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tom_Z%C3%A9 – cite_note-6
Fontes
Wikipedia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tom_Z%C3%A9
Jornal Cruzeiro e Estadão
Sesc SP
https://www.sescsp.org.br/lingua-brasileira-de-tom-ze/
Musica Instantânea
https://musicainstantanea.com.br/ouca-tom-ze-lingua-brasileira/
Uol Música
E Biografia
https://www.ebiografia.com/tom_ze/
Oito Meia
(Imagens: divulgação)