Redação e edição
Analu Oliveira – 79+
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Pois é, eu sei que você já cansou de ouvir o discurso de que é preciso fazer exercício, sair do sedentarismo, acertei ? E a preguiça? E aquela frase conhecida: “Segunda-feira sem falta eu começo”. Mas vale a pena um pouco de esforço e novas boas notícias chegaram recentemente. Veja só !
Um estudo que será apresentado à Academia Americana de Neurologia na reunião anual, que acontece agora em abril, demonstrou que quanto mais em forma você estiver, menor a probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer. O risco é 33% menor para essa demência neurodegenerativa.
Pesquisadores do Centro Médico para Veteranos de Washington e da Universidade George Washington testaram e acompanharam 649.605 veteranos (idade média de 61 anos) por quase uma década.
Com base na aptidão cardiorrespiratória, os participantes foram divididos em cinco categorias – do menor ao maior nível de condicionamento físico.
Todos fizeram um teste em esteira ergométrica para medir quão bem seu corpo transporta oxigênio para os músculos e quão bem os músculos absorvem o oxigênio durante o exercício. Isso permitiu fazer a divisão.
Os pesquisadores descobriram que, à medida que o condicionamento físico melhora, as chances da pessoa desenvolver a doença diminui. Comparado com o grupo de menos saudáveis, aqueles ligeiramente mais aptos tiveram um risco 13% menor de Alzheimer; o grupo do meio teve 20% menos chance de desenvolver a demência; o quarto grupo foi 26% menos suscetível; com as chances atingindo um risco 33% menor para aqueles mais em forma.
Alzheimer é o tipo mais comum de demência. É um distúrbio cerebral progressivo que, com o tempo, destrói a memória e as habilidades de pensamento, e interfere na capacidade de realizar tarefas diárias. Cerca de 6 milhões de americanos com 65 anos ou mais têm Alzheimer e as pesquisas em busca de uma cura seguem aceleradas.
Os pesquisadores chegaram à conclusão que é incrível como o aumento da atividade física reduz o risco de desenvolver a doença e beneficiar o cérebro de forma comprovada. A própria Associação de Alzheimer garante que é essencial sair do sedentarismo para reduzir as chances de ter a demência.
“A ideia de que você pode reduzir o risco de doença de Alzheimer simplesmente com aumento do nível de condicionamento físico é muito promissora, especialmente porque ainda não há tratamentos adequados para prevenir ou interromper a progressão da doença”, afirma Edward Zamrini, principal autor do estudo.
Co-autor do trabalho, o chefe de equipe do Centro Médico para Veteranos de Washington Charles Faselis aponta que as descobertas da pesquisa vão ajudar os médicos a “prescrever programas de exercícios seguros para diminuir o risco de doença de Alzheimer e demências relacionadas”.
Quer boas dicas para começar já?
Caminhadas diárias
Caminhadas previnem ataques e controlam a pressão arterial, além de reduzir os níveis de colesterol. Isso além de tonificar os músculos e fortalecer os ossos, aumentar a energia, controlar o peso, melhorar o sono e o bem-estar físico e mental. Bastam 30 minutos, cinco vezes por semana, ou 50 minutos, três vezes por semana, com uma velocidade capaz de produzir suor e acelerar a respiração.
Atividades na água
As atividades aquáticas, como natação e hidroginástica, são ótimas e não impactam articulações e tendões. São benéficas para o sistema respiratório e cardiovascular, aliviam o estresse e ajudam muitíssimo na recuperação de enfermidades.
Alongamento
Exercícios de alongamento são de fácil aplicação e aprendizagem e portanto são uma opção simples e eficaz na melhora da capacidade funcional e qualidade de vida de idosos. Melhoram a flexibilidade, com benefícios na funcionalidade, equilíbrio e controle de dores de origem muscular
Dança
A dança é ótima para a manter o condicionamento aeróbico, a força muscular e a coordenação motora, além de oferecer estados emocionais positivos, de alegria e animação.É um prazer que traz uma nova qualidade de vida, e eleva a auto estima.
Musculação
Sempre com orientação profissional, a musculação é muito recomendada já que estimula o aumento da força muscular e a massa óssea. Bastam dois treinos por semana, em dias não consecutivos e são inegáveis o controle de osteoporose e o alivio de dores crônicas.
E então? Vamos nessa? Com certeza você vai se sentir muito melhor, os profissionais garantem !!!
Fontes:
O Estado de SP /Portal Terra
Saúde Brasil
(Fotos: divulgação)